domingo, 6 de novembro de 2011

Aconteceu de verdade. Será?!! Episódio IV

Neste episódio, Zé Carocinho e Maria Galega relatam a primeira impressão de Rio Branco...

Fomos recebidos pelo simpático André, recepcionista do extinto Hotel Rio Branco, localizava-se na rua Rui Barbosa, 354 Centro. A surpresa acompanhada de curiosidade fora geral, no caso de André pelo nosso sotaque e as características pessoais que nos revelavam ser de outra região. A nossa pelo sotaque de André, a decoração do ambiente e o atendimento realizado de forma hospitaleira com direito a um dedo de prosa.

   Quarto hotel. Foto: Wander Silva

Após nos acomodar no quarto com vista para a rua Rui Barbosa e para a praça da Revolução. Ficamos hipnotizados por alguns minutos por causa das imagens que eram exibidas por um canal regional, rios, florestas, índios e lugares fantásticos. Resolvemos abrir a janela, apesar da chuva incessante passamos a observar as pessoas, que nos parecia todos iguais, pelo menos de início. Então decidimos dar uma volta para conhecer a área central e descobrir os serviços que poderíamos utilizar (restaurantes, lanchonetes, lan house, bancos...). Além de comprar dois guarda-chuvas, é claro.
Na hora do almoço descobrimos a base do tempero acreano, pimenta de cheiro, chicória e muito, muito coentro, todos os pratos acompanhados com aquela farofa de farinha de macaxeira amarelinha, que por sinal a de Cruzeiro do Sul-AC é a melhor que existe!! Pela tarde conhecemos o Museu Palácio Rio Branco, o Museu da Borracha, as praças situadas na área central e o rio Acre. Ao final da tarde estávamos maravilhados com a história do Acre e também exaustos, por isso resolvemos voltar ao hotel e descansar. Demoramos a dormir, também com tanta informação e encantamento, além do fuso horário que nesta época - fevereiro de 2004 - era de três horas.
No café da manhã provamos algumas frutas regionais como açaí, cupuaçu, pupunha e tucumã. Mas o que não pode faltar no desjejum é a famosa tapioca com manteiga e aquele cafézinho preto...

Tapioqueira. Foto Wander Silva

Após nos deliciarmos com o café matinal assistimos TV, o engraçado era o horário da programação, pelo fato do fuso horário ser de duas horas e mais uma hora por causa do horário de verão, então tínhamos três horas a menos de diferença ocasionando a exibição dos programas em três horas antes, para se ter uma ideia o Jornal Nacional era exibido às 17:00h. Durante o dia andamos pouco, apenas o necessário para realizar as refeições, fomos à lan house e telefonamos para os nossos familiares.
À noite queríamos pedir um lanche e ao lado do telefone estava o número dos Carinhas o que provocou o seguinte diálogo:
- Vamos ligar?
- Liga você! Tenho vergonha...
- Poxa Maria Galega, eu também... Digo o quê?!
- Sei lá...
- Já sei! Vou imitar Gasparzinho, o fantasminha camarada, perguntar se querem ser nossos amiguinhos...
- Deixe de onda!!!
- Estou ligando... Está chamando...
Após segundos de aflição e ansiedade ouço uma voz:
- Alô, quem fala?
Um, dois, três segundos de silêncio...
- Sou eu, Zé Carocinho. Tudo bem?!!
- Oi, tudo bem. Que bom que vocês ligaram. Então vamos dar uma volta?
- Vamos, vamos!
- Pegamos vocês daqui uma hora. Pode ser?
- Estaremos prontos.
- Até logo!
- Até!
No horário marcado estávamos na recepção do hotel aguardando e foram pontuais, assim como a chuva que não cessava.


Não percam.
Em breve o próximo episódio Aconteceu de verdade. Será?!!

Abraços,
Zé Carocinho e Maria Galega



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