terça-feira, 26 de junho de 2012

Aconteceu de verdade. Será?!! Episódio XIII

Neste episódio, Zé Carocinho e Maria Galega relatam como foram parar na casa de Dona D...



Após nos refrescarmos e deliciarmos com saboroso suco de cupuaçu, que ocorreu durante agradável conversa com Dona D, as crianças e brincadeiras com Lana, a cachorrinha Poodle das crianças. Xandoca pergunta:
- Vamos à casa onde vocês ficarão?
- Vamos! Estamos ansiosos para conhecer.
Levantamos e seguimos Xandoca, as crianças foram correndo na frente.
A ideia era conhecer a casa, realizar uma limpeza e levantar quais seriam os reparos necessários.


Casa Tio. Foto: Wander Silva.

Limpeza. Foto: Wander Silva.

Ficamos super empolgados com a casa e, principalmente com a família de Xandoca. Mas a noite logo após o jantar, Dona D toda sem jeito nos diz:
- Tenho uma notícia má e uma boa!
- Infelizmente meu tio não concordou com a ideia de vocês permanecerem na casa, por ter planos de voltar em breve.
A notícia nos deixou preocupados.
- Agora a boa notícia que poderão ficar em minha casa. Enquanto isso eu durmo na casa de Xandoca. Vocês aceitam?!
- Não queremos causar mais incômodo.
- Vocês já vão dormir hoje na nova morada.
Todos riram.
- Pelo contrário. Será um enorme prazer tê-los.
- Então, só temos a agradecer!!
Era uma casa tipicamente acreana com uma área coberta em volta, toda de madeira e suspensa do chão aproximadamente 1 metro. A nossa maior curiosidade era conhecer o banheiro, pois conhecia casas na região Sul de madeira, mas com o banheiro de alvenaria, conhecida como casa mista. Nossa curiosidade foi logo desfeita. Realmente era todo de madeira e as frestas entre as tábuas serviam de ralo para escoar a água do chuveiro. Claro que esse cômodo da casa necessitava de uma manutenção maior, principalmente na substituição das madeiras.
Chegou a hora de dormir e fomos ao nosso mais novo lar, onde Dona D deixou tudo preparado, limpo e cama arrumada. Consistia em um quarto, cozinha, banheiro e área de serviço, sendo toda a casa rodeada por uma área coberta. Antes de pegar no sono exploramos as dependências, nos familiarizamos com o cheiro, com os ruídos que vinham das madeiras quando pressionadas pelo caminhar. Antes de pegar no sono, mas com as luzes apagadas percebemos barulhos e movimentos ao redor e de baixo da casa. Confesso que essa situação nos deixou mais que preocupados, na verdade com enorme medo.
- Você ouviu Zé Carocinho?
- Ouvi Maria Galega! São os espíritos da floresta...
- Não brinque. Pode ser ladrão. Levante e vai ver.
- Eu?! Vamos juntos!!!
Maria Galega não saiu da cama. Levantei procurei os chinelos, acendi as luzes e com uma vassoura na mão abri a porta e chamei Dona D através de gritos.
- Dona D, Dona D, Dona D. Estás acordada?!!!
A janela se abre e aparece Dona D com expressão sonolenta.
- O que aconteceu?
- Ouvimos barulho de movimento ao redor e de baixo da casa.
- Não se preocupem... É o Zulu!
-Zulu?
- É o Rottweiler, durante a noite fica solto.
- Ufa, que bom!!! Por favor, me desculpe.
- Tudo bem. Boa noite.
- Boa noite.
Agora sabendo a origem da movimentação e com sensação de segurança dormimos como duas crianças. 



Não percam.
Em breve o próximo episódio Aconteceu de verdade. Será?!!

Abraços,
Zé Carocinho e Maria Galega


Nenhum comentário:

Postar um comentário