quinta-feira, 27 de junho de 2013

Aconteceu de verdade. Será?!! Episódio XXIV

Neste episódio Zé Carocinho e Maria Galega relatam como foi a primeira experiência de caça noturna... Parte I


Durante a semana foi necessário confeccionar um calendário, pois muitos estudantes realizaram convites para conhecer vossas famílias e colônias.
Tínhamos um mês de visitas programadas. Mas uma com aguardo especial. O aluno, G, de Maria Galega da 7ª série nos convidara para participar de uma caça noturna, que até o fim do mês a ceva estaria pronta para a espera. Ficamos super curiosos e empolgados para participar da caçada, claro que com medo também, visto que até o momento não havíamos adentrado na floresta pela noite.
G a cada dia nos informava dos avanços para a nossa caçada noturna, com isso aumentando nossas expectativas para o momento. Na escola as opiniões eram que não teríamos coragem, principalmente, Maria Galega. Não conheciam Maria Galega, até hoje um dos seus sonhos é encontrar com uma onça em teu habitat.
Na quinta-feira, G nos comunica que no próximo sábado, se não chover, estará perfeito para a nossa grande caçada. Confirmamos presença e não conseguimos esconder nossa ansiedade e euforia, que para nós dois era mais que uma façanha; ir à mata pela noite e caçar... Um verdadeiro sonho aventureiro.
A manhã de sexta-feira tardou a passar. Parecíamos duas crianças na véspera do Natal aguardando presente novo chegar pelo papai Noel. 
Ao chegar à colônia fomos super bem recebidos como de costume e desde o ramal percebemos uma diferença com as colônias anteriores, a principal atividade da família G era a pecuária extensiva. À tarde G me convidou para uma atividade na colônia, estavam em época de castração do gado de corte, não tinha a mínima ideia de como procediam.
- Como é feito G?
- Calma professor. Você verá e nos ajudará!
- Sim, claro.
Ao chegarmos ao curral, os animais que seriam castrados já estavam agrupados. O procedimento era bem simples: separava o boi dos demais por um corredor para isolá-lo, em seguida laçavam-no pelo pescoço e pelas pernas para derrubá-lo e imobilizá-lo. O vaqueiro com uma faca comum cortava os testículos do infeliz a sangue frio e aplicava antes de soltá-lo uma medicação antibiótica e cicatrizante. Confesso que não consegui ajudar os vaqueiros, total de quatro homens e o G nessa empreitada.
A noite durante o jantar G pergunta-nos:
- Estão prontos para amanhã?
- Sim. Estamos prontos e ansiosos.
Respondemos praticamente em coro.
- Trouxeram capa para se protegerem dos carapanãs?
- Sim. Trouxemos calças, camisetas de manga longa com capuz e lanternas.
- Ótimo... Então para amanhã sairemos ao pôr do sol para a mata e esperamos que o nosso bichinho apareça. Quando eu focar vocês olham para os olhos do animal que brilhará.
- Tentaremos.
Todos riram.
A família de G também gostava de um dedo de prosa após as refeições. Ficamos até tarde, para o costume local, conversando sobre vários assuntos sob a luz de um lampião. 




Não percam.
Em breve o próximo episódio Aconteceu de verdade. Será?!!

Abraços, 
Zé Carocinho e Maria Galega
Veja também:
Episódio IEpisódio IIEpisódio IIIEpisódio IV,
Episódio VEpisódio VIEpisódio VIIEpisódio VIII,
Episódio IXEpisódio XEpisódio XIEpisódio XII,
Episódio XIIIEpisódio XIVEpisódio XV,
Episódio XVIEpisódio XVIIEpisódio XVIII,
Episódio XIXEpisódio XXEpisódio XXI,
Episódio XXIIEpisódio XXIIIEpisódio XXIV,
Episódio XXVEpisódio XXVIEpisódio XXVII,Episódio XXVIII

Nenhum comentário:

Postar um comentário